tag:blogger.com,1999:blog-77598880065655854842024-02-20T02:33:41.654-08:00Sabores e dissaboresCaio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.comBlogger29125tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-22912696277303316422011-09-14T02:08:00.000-07:002011-09-19T10:26:04.850-07:00Páginas viradas, rasgadas e incineradasDiz o ditado popular que a melhor forma de esquecer um grande amor é com outro. E para isso valem todas as artimanhas usadas durante esse processo ‘mágico’. Muitas delas vão bem além da filosofia de vida ‘pintei meu cabelo, me valorizei, entrei na academia, malhei, malhei...”. <br />Exorcizar a lembrança de ‘EX’ quase sempre é tão necessário como mudar de canal no domingo para não ver a cara de Faustão. Libertar-se do passado- ilustrado pela figura de um indivíduo indigno de merecer uma mera ‘cutucada’ no Facebook- é uma questão de prioridade na vida de quem quer engatar um novo e bom (ou bad) romance!<br /><br />Afinal, algumas recordações só servem para confirmar que você errou na tal escolha. Concorda?! Sem contar a sensação de perda de tempo investido na relação, os shows, eventos e tantas festas que você deixou de ir e todos os caprichos que você cedeu pelo seu (EX) ‘Mozão’. Logo, se a meta é fazer a fila andar e deixar o passado morto e enterrado até quem não curtia baladas se torna frequentador assíduo- daqueles de entrada revertida em consumação e descontinhos antes da meia-noite. <br /><br />Romper com EX e, obrigatoriamente, com tudo que envolve as lembranças indesejadas traz esse ar de renovação, transformação, limpeza. Algo que nem o ‘Vanish’ se propõe a fazer com tanta maestria. Em algum momento (ou em vários) da vida entramos em profunda reflexão sobre nossa relação atual e, explodimos em mudanças. O ‘boom’ é o estalo para querer descartar o que nos sufoca, o que não nos identificamos e até para rever nosso pensamento sobre ‘concessões’ para o(s) relacionamento(s) seguinte (s).<br /><br />É mais ou menos quando se constata a importância de não repetir alguns erros de antes. Por exemplo: acreditar em ‘mudar’ a pessoa (levando em conta alguns defeitos e características intoleráveis para um vínculo saudável), dar um‘voto de confiança’ (mesmo quando ela jura fidelidade, mas passa o rodo do Janga ao Curado) ou até buscar fazer de tudo para agradar a criatura em questão (enquanto você fica se roendo para ceder aos milhares de convites de amigos e amigas, mas para não entrar em atrito com o 'affair' se conforma em ter que passar a tarde de sábado em casa na companhia de um pacote de filmes, pipoca e coca cola que sobrou do almoço- já sem gás).<br /><br />Em algum momento você percebe que ‘carregar no colo’ uma relação em nome de um desejo de ter viver algo estável a dois é tão provável quanto Tiririca ser o mais próximo membro da Academia Brasileira de Letras. <br />É como se não coubéssemos dentro de nós e, precisássemos extravasar, comungar com o mundo essa nova forma de vida. Algo como ‘pinto no lixo’, ‘pobre em festa de casamento’ ou ‘Sonia Abrão diante de tragédias’... um prato cheio! <br /><br />Seja por frustração, incompatibilidade, vontade de mudar de parceiro (a) ou por qualquer outra motivação sobrenatural (que não vem ao caso), experimentar algo novo provoca um sentimento libertador, um adolescer, uma efervescência.<br />E mesmo que ainda não exista alguém novo (ainda) o estímulo em viver algo totalmente diferente já causa um inevitável frio na barriga.<br /><br />E em se tratando de emoções desse tipo não há maturidade ou experiência afetiva que blinde a possibilidade de frear essa emoção. Que o diga as mulheres e os homens que saltam de um relacionamento de quinze, vinte ou trinta anos e resolvem 'chutar o pau da barraca'. De fato, algumas sensações não seguem manual de instrução, roteiro, script. É ao vivo. Tudo que muda de uma pessoa para outra está entre o SIM e o NÃO. Mudar? Arriscar? Ceder? Aceitar? Revolucionar? Esperar? SIM ou NÃO. SIM ou NÃO?Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-12622790617683729162011-06-27T10:20:00.000-07:002011-06-30T20:09:31.667-07:00Pula, pula, pula... fora!Nada- ou quase nada- pode ser pior que sair de um relacionamento de forma desastrosa. E quando refletimos esse tipo de insucesso (através de flashbacks e sobrevoos pouco nostálgicos) mal dá para entender como alguns sentimentos podem mudar tão drasticamente. Você sai da Casinha da Barbie e vai direto para o Quarto Branco do Big Brother. É, a casa caiu!<br />E não somos apenas nós, humildes mortais –usuários de creme dental Colgate, salgadinhos Doritos e clientes da C&A- que estamos vulneráveis a certos erros de trajeto. Que o digam cantores, futebolistas, atores e atrizes, protagonistas de casamentos em palácios e castelos (de areia) que mal resistem a uma estação. Bem, pelo menos nossa vida não é pauta de Contigo, Tititi ou TV Fama.<br />Mas seja do lado de lá ou de cá ser vítima da ira do (a) EX ou babar de raiva ao pronunciar o nome do Falecido ou da Falecida é sempre uma etapa comum de quem sai do affair em pé de guerra. Sem contar a troca de farpas, acusações, ameaças, insultos e tantos outros mimos que dariam sinopse para uma novela do SBT.<br />Deve ser por isso que há quem prefira pular fora logo quando nota os primeiros sinais que a relação não vai muito longe. E para quem percebe todas as incompatibilidades e, ainda assim, fecha os olhos, ‘joga uma moeda e seja o que Deus quiser’ (parafraseando Negra Li) boa sorte! <br />Tentar mudar o Outro, insistir em se adaptar a características conflitantes com as suas é, digamos, suicídio. Até cabem algumas concessões, valem algumas adaptações e negociações saudáveis para a relação. Mas nem me venha com a ideia de pegar Maguila e transformar em José Mayer. Não cabe a você carregar o fardo de estar com alguém que representa a corporificação do atrito e da divergência. Afinal, como diria Amanda Gurgel: “Sou eu a Redentora do país?! (...)”.<br />E por mais que se recorra a algumas pirotecnias, decididamente, certas combinações entre pessoas são tão ‘prováveis’ quanto imaginar Luciana Gimenez apresentando o Roda Viva. E não tem mandinga, amuleto, mapa astrológico ou sessão de casais da Universal do Reino de Deus que resolva. <br />E não tem paixão, encantamento ou deslumbramento que devam ser maiores que o bom senso e a autoestima na hora de separar alho de bugalho. Ou, para o assunto em questão do que é possível ou não. Até que em alguns casos vale a pena se permitir, se aventurar no novo e no desconhecido e, de repente, se surpreender (po-si-ti-va-men-te). Mas desde que você não precise viver em tempo integral em processo de entrega, doação e ajuste em relação ao Outro (pois você não é massa de modelar, meu bem). É daqueles casos em que o lema “Sou brasileiro e não desisto nunca” só combina mesmo em campanha nacional de elevação do moral da nação tupiniquim.Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-85165615343870890452011-06-01T10:15:00.001-07:002011-06-01T10:15:17.680-07:00Revolution!Volta e meia esbarro com alguém que, decididamente, resolveu chutar o ‘pau da barraca’ e, promover uma verdadeira ‘Revolução’ na vida sentimental. E aqui me refiro mais precisamente àquelas pessoas que saíram do relacionamento anterior em estado de decomposição emocional- quase reduzidas ao pó (com a licença da hipérbole) e decidiram realizar uma mudança numa escala de 180º graus. <br />Enquanto uns preferem se lamentar pelos cantos, outros choram rios e outra parcela resolve adotar o estilo Maysa de ser (Meu mundo caiu), esse outro time decidiu arregaçar as mangas e ir à luta, companheira. É aquele grupo que tem lotado bares, divãs, cafés, cinemas e boates na chance de encontrar uma boa... diversão. Afinal, quem morreu foi Osama e não você, meu bem!<br />Por falar nisso, tem gente que leva a sério a ideia de recomeçar a nova vida sentimental longe de todos os holofotes que lembrem, mesmo que de relance, o ‘Falecido’. Uns seguem hábitos que mais parecem fazer parte de um ‘Manual de Término de Namoro’, com dicas que vão do direito/obrigação de evitar lugares possíveis de esbarrar com a ‘Criatura’ em questão, apagar os telefones da agenda e todos os contatos de Facebook e MSN até fuzilar com olhar quem ousar citar o nome do ‘Falecido’ em reuniões semanais entre amigos.<br />Mas a maior ‘Revolução’, a da estética, quase sempre quer revelar nossa superação, nosso desdém atual em relação ao ‘Ser’ antigo ou qualquer outro sentimento que só mostra o quanto estamos felizes e desapegados do ‘Outro’. Embora, cá entre nós, a gente saiba que você está fuuu... lminado por dentro, mas precisa se reerguer e ter forças para mandar a fila andar. E quando menos se espera você volta triunfando por cima da carne seca.<br />Algo mais ou menos na filosofia de vida da ‘Mistura do Calypso’: “Pintei o meu cabelo, me valorizei/ Entrei na academia, eu malhei, malhei/ Dei a volta por cima e hoje te mostrei meu novo namorado (...)” <br />E mesmo que nem sempre essas mudanças sejam espontâneas ou totalmente naturais elas, de alguma forma, nos leva à reflexão sobre o que queremos para as relações futuras, os erros que servem como experiência de vida, os acertos que valem para somar e o quanto autoestima elevada faz bem. Mas precisa estar associado a outros valores e, sobretudo, precisa vir de dentro para fora. Mas não temos como negar... Reaparecer mais belo ou bela desperta novos olhares, amacia o ego, nos (re)conecta com o mundo. Afinal, como diria a filósofa Rita Cadillac: “É bom para o moral”.Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-28655116689130392922011-04-23T19:13:00.000-07:002011-04-23T21:15:33.194-07:00Cinderela, Alice e o Canto da Sereia<strong>Um dos maiores desafios de quem se aventura em engatar um affair é descobrir quem é, de fato, a pessoa com quem estamos. Até ultrapassar aquela etapa na qual tudo parece um mar de rosas, um domingo no parque ou um Mc Lanche Feliz e, nos depararmos, exatamente, com a criatura em questão muita energia, dedicação e disposição parecem ter passado por nossas mãos, pernas, veias e artérias. <br />Quando não afeta a sua cuca (e você decide não pular fora do barco) é porque parece estar pronto (a) para a fase mais crucial: lidar com o(a) dito(a) cujo(a) no cotidiano, desnudo de todos os ‘mimos’ e ‘fofuras’ da fase inicial do encantamento. Sem aqueles dengos de torpedos de bom dia, bichinhos de pelúcia e caixas de bombons finos daqueles primeiros meses do relacionamento. É quando a Cinderela e a Alice trocam as carruagens e arregaçam as mangas para alcançar o ônibus da linha Setúbal/ Conde da Boa Vista lotado no final da tarde de uma sexta-feira. <br />Deve ser por isso que meio mundo desiste no meio do caminho e, ainda vocifera aos quatro ventos o quanto não conhecia O(A) Outro(a). É, minha filha! Tem gente que dorme com um Cauã Reymond e acorda com um Zé do Caixão. E a gente parece sempre tão bobo que, por mais que traga a bagagem de um tumultuado relacionamento anterior não temos como evitar os riscos de um romance seguinte. É quase impossível ter imunidade e anticorpos para se defender de alguns tipos de armadilhas. Santinho, certinha, fiel, quietinho, cheia de promessas e blábláblá e, no final das contas você descobre que dormia com um vilão (ou vilã) de novela de Sílvio de Abreu. É mole?!<br />E no final... só nos resta lamentar um “como é que eu nunca percebi isso antes?” ou um “por que só eu que não notei?”, acompanhados de umas doses de vodca, de Skol, de uma sequência de Núbia Lafayette, Nelson Gonçalves, Maysa e um novo amor para esquecer o outro. E voltar para o começo da história (com a possibilidade de um novo meio, de um novo fim. Ou tudo igual como antes?).<br />Mas se os encantos que ficarem forem maiores que os desencantos é porque tem algo além do temido e inevitável Canto da Sereia. Algo concreto, real e possível do outro lado do mar. E nessa metáfora da vida... você pode até evitar, jogar, driblar, mas como bom pescador vale sempre a pena descobrir o que há do lado de lá. Sempre!</strong><br /><br /><br />Comunidade do Blog Sabor de Framboesa: http://www.orkut.com.br/Main#Community?cmm=113728549Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-3454730574879993462011-02-09T19:16:00.000-08:002011-02-09T19:17:26.422-08:00Pessoas e Pavões<strong><strong><strong><strong><strong>Sempre acreditei, juntamente com metade da população do globo terrestre, na tolerância e na complacência como características do avanço da idade. A entrada na casa dos vinte, dos trinta, dos quarenta e nas tantas outras trazem mudanças na forma de ver o mundo e de agir publicamente- dizem. </strong></strong></strong></strong>Resolvi acreditar que é assim, talvez, para justificar momentos de impaciência diante de determinadas situações e de determinadas pessoas que, desafortunadamente, cruzam nossos caminhos em algum momento da vida e, exigem de nós ‘jogo de cintura’ para lidar com elas. É quando elevamos nossa mente e nossos pensamentos para todas as entidades da galáxia e questionamos: “No futuro saberei relevar esse tipo de coisa”? <br />Mesmo assim, confesso (até diante do padre, se for o caso) minha intolerância quase hitleana em relação a alguns traços de alguns comportamentos. Algo no nível da auto-suficiência, do exibicionismo, da necessidade de sobreposição sobre o outro, da prepotência e do desdém sobre tudo e sobre todos. Algo que numa comparação com o mundo dos animais não racionais me lembra um pavão. Isso mesmo! A ave de nome científico Pavo cristatus. <br />O detalhe é que ainda não evoluí ao ponto de lidar bem com pessoas que costumam abrir ‘seu leque de penas’ para chamar atenção ou demarcar território. Em termos concretos, esses ‘pavões humanos’ esbarram conosco em algum contexto da vida. São aquelas que ‘se acham’ a bala que matou Odete Roitman (que Deus a tenha).<br /> Na vida real, esses ‘pavões’ exalam um ar de superioridade em quase tudo o que fazem. Seja contando vantagens, desmerecendo o outro ou até mesmo com um olhar de jactância sobre os demais. É aquele tipo para a qual as pessoas costumam desferir comentários do tipo “Essa aí parece que tem um rei na barriga” ou “Se pudesse nem pisava no chão”. <br />Um ‘pavão’ (ou‘pavoa’) numa balada já surge achando que o mundo para porque ela chegou, no ambiente de trabalho nunca precisa de ninguém ou sabe mais que todos e na vida afetivo-conjugal é sempre imbatível emocionalmente. Há quem prefira analisar aspectos psicológicos reveladores como carência, necessidade de compensação, traumas, insegurança e ‘otras cositas’ para entender o comportamento do ‘pavão’ humano. <br />Enquanto não baixa a Melaine Klein para entender e aplicar a complexidade da psiquê humana prefiro desviar dos estridentes pavões. Até lá vou passeando pelos outros setores do zoológico. Vamos nessa?!</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-62195141330911074692010-08-23T22:40:00.000-07:002010-08-25T06:59:02.683-07:00Até que a paixão nos separeQuando flertamos ou somos flertados por alguém – que posteriormente alçamos à condição de affair- quase nunca a pessoa em questão parece ter os defeitos que realmente tem. Você entra numa ‘atmosfera cósmica’ de contemplação do Outro, tornando-se incapaz de enxergar qualquer atitude dela que mereça um cartão amarelo, muito menos um vermelho. <br /> A gente mal conhece a criatura e, em menos de um mês já consegue apontar dezenas de qualidades que só ela tem. E nem precisa de garrafas de vinho ou de copos de cerveja para isso. Afinal, esperar sobriedade e lucidez de quem engatou uma paixão é tão provável quanto imaginar Faustão deixando o convidado falar. <br />É impossível escrever sobre paixão ou o sobre o ato de se apaixonar sem levar em conta as projeções que fazemos quando conhecemos alguém e o que fica no final de tudo (quando saímos do estado de hibernação que a paixão nos submete). Dizem que depois que ‘acordamos’ e deixamos de ser Belas e Belos Adormecidos é que a gente percebe quem era O(A) Outro(a), de fato. <br />Aí é que o ‘buraco é mais embaixo’, minha senhora. Ou não me diga que depois de passar a fase dos três primeiros meses ‘conhecendo melhor’ o(a) dito(a) cujo(a) você não se pegou querendo voltar para o Mundo Perfeito do País de Alice em 3D? <br />Deve ser por isso que tem gente que prefere viver uma nova paixão a cada semana. Aliás, não tem nada mais instigante que os primeiros momentos do começo de uma paixão. As ligações, o cinema, o passeio pela praia no final da tarde e os torpedos ao longo do dia são motivos suficientes para deixar qualquer um com sorriso de Rainha de Bateria em plena Marquês de Sapucaí. Embora, no fundo, seu inconsciente e a torcida do Flamengo saibam que tudo não passa de truque para impressionar e fisgar a vítima: você! <br />Quem não quer viver eternamente uma paixão vinda dos clássicos infantis ou da novela das oito? Esquecer que é preciso encarar do Outro o perfume forte, os roncos noturnos, o gosto por roupas em tons marrom e cinza apagados e o delírio por games dos anos 80... tudo o que não pareceu nem apareceu naqueles dias de encantamento iniciais. Nessas horas seria bom poder apelar para um manual de instruções sobre o modo de funcionamento, eventuais falhas ou prazo de garantia sobre a pessoa. Ou melhor: ponto de troca ou de devolução da mercadoria ou até mesmo um Procon, caso o produto cause algum dano às coronárias alheias.<br />Principalmente se você tiver que aturar da pessoa as crises de embriaguez diante do videokê embaladas pela tentativa de ‘É o amor’, de Zezé de Camargo e Luciano ou ‘Pensa em mim’,seguidas de dor de barriga e vômitos. Sem contar as doses freqüentes de mau humor, os telefonemas secos e breves e as idas ao restaurante sem um papo eloqüente nem troca de olhares e de toques. Socorro! Eu quero voltar para o começo.. e não sair de lá.Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-39583575853559326622010-06-11T00:35:00.000-07:002010-06-11T12:23:33.747-07:00Amores, amores e amoresVocê passa pelas ruas e vê, em algum outdoor, publicidades convidativas para o Dia dos Namorados. Em todos eles um verdadeiro ‘manual de instruções’ nos induzem sobre o que devemos fazer, o que comprar, o que e onde comer (que os moteis me permitam o trocadilho). Na TV, nas revistas e na ‘boca do povo’ a referência ao 12 de junho é um assunto quase inevitável. <br /><br />Ou você, pessoa solteira, vai dizer que não se sente um E.T. com o burburinho que essa data provoca em quase todos os setores sociais? Enquanto o time das que não tem um ‘homem para chamar de seu’ se acotovela nas festas dos solteiros, do sinal ou em algum ‘pancadão funk’ da cidade, a outra metade disputa uma vaga nas filas dos restaurantes, das lojas de cosméticos ou nos locais para encontros amorosos (para não dizer motel).<br /><br />Hoje em dia tem até missas e cultos que as igrejas promovem para não deixar passar o dia em branco. Um verdadeiro ‘show business’. E tem ainda a parcela que vive uma suada maratona para comemorar a data com o (a) oficial e o (a) amante. <br />O fato é que hoje você não precisa mais refletir sua solteirice no Dia dos Namorados se acabando numa caixa de bombom calórico. Dificilmente os termos pejorativos ‘solteirão’, ‘encalhada’ ou ‘titia’ vão soar como quinze ou vinte anos atrás. <br /><br />A emancipação, a autonomia e o centro das atenções voltado para o trabalho são algumas das prioridades que o mulher e o homem da modernidade tem buscado ultimamente. Sobretudo para quem defende o lema da solteirice com unhas e dentes.<br />Nem os casais estáveis estão livres de passar batida a data. E ai se esquecerem... Quem nunca esbarrou com maridos e esposas nos restaurantes comemorando o Dia dos Namorados como se ainda namorassem? <br /><br />Além de quase sempre tímidos e sem graça o grau de maturidade e bom senso deles quase nunca permitem manifestações públicas mais espevitadas. São raros os que se passam para promover um telegrama animado para o “Môzinho”, uma mega faixa romântica para “Bebê” na rua de casa ou algo do tipo depois de dez ou quinze anos de união. <br />No máximo o que se vê é uma tentativa de cantar ‘Como é grande o meu amor por você’ no videokê do bar da esquina, depois de umas seis ou sete doses de vodka. Ou uma troca de presentes discreta, em casa mesmo, no nível de toalha de mesa versus caixa de ferramentas. <br /><br />E há também quem não dispense apelar para Santo Antônio, vestir vermelho, esfaquear a bananeira e outras ‘mimosidades’. Namorar para algumas pessoas é meta de vida, quase sonho do consumo. Tem também aquelas que não abrem mão de namorar por nada no mundo. Nada de ‘pegação’, ‘ficada’ ou filosofia de vida ‘Mulher Moranguinho’ (Alô galera eu vou beijar, pego o primeiro que passar). <br />Às vezes você nem entende por que aquele casal está junto. Parece até que é só para garantir o presente de 12 de junho de todo ano. Tem aqueles que querem namorar. Sempre namorar. Mas, namoram você e mais alguma(s) pessoa(s) ao mesmo tempo. Então já sabe, né?! Para onde o outdoor vai te levar?Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-28987280797911848002010-04-22T20:56:00.000-07:002010-04-22T21:17:40.721-07:00Bom dia, Frankenstein !!!Todo mundo já deve ter acordado- alguma vez, pelo menos- com vontade de fazer tudo novo na vida. Você desperta numa quarta-feira ensolarada e, resolve mudar o rumo de suas atitudes cotidianas. Sejam elas quais forem. E nem precisa de explicação convincente para justificar esse impulso por transformações. O anseio por mudança é soberano. Às vezes até radical. De Cuba para Suíça. De PMDB para PSOL. De Dourado para Serginho.Em meio a reflexões efervescentes, você ‘descobre’ que merece rever as atuais amizades, os gostos musicais, a alimentação excessiva em carboidratos etc. Um ‘ser mutante’ desabrocha de dentro do seu “eu” e... ‘boom’. Basta notar algo equivocado, enfadonho ou ultrapassado em qualquer setor da vida e, já é motivo suficiente para alçá-lo ao posto de “EM REFORMA”.
<br />Tem gente que incorpora tão bem esse negócio de mudança que, adota como lema existencial um permanente... “Eu prefiro ser essa metamorfose ambulante do que ter aquela velha opinião formada sobre tudo” (...) Volta e meia ela entra ou sai de cena com uma postura repaginada sobre um assunto, ou, simplesmente, aberta a pensar sobre novos ‘argumentos’.
<br />Há quem realmente encare ‘o novo’ de frente. Não se esquiva. Aceita a possibilidade de refazer o caminho previsível, comum de antes. Altera a cor do cabelo, questiona os dogmas da igreja, ‘sai do armário’. É como se ‘baixasse’ a Eliana Prints: “De hoje em diante vou modificar o meu modo de vida” (...) E já era, né ?
<br />Com o tempo você passa a se acostumar com a tendência à mudança como algo real e aceitável para as condições humanas. Hoje em dia não me espanto mais nem se uma irmã da Assembleia de Deus resolver chutar o ‘pau da barraca’ e encarar a performance do ‘Rebolation’ em plena Conde da Boa Vista lotada. Afinal, como diria Ana Hickmann: “Tudo é Possível”.
<br />Creio mesmo que, muitas vezes, a gente busca romper com o que mais nos aprisiona. E, por sorte nossa ou algo sobrenatural (que nem psicografia explica) optamos por repensar a nossa posição diante da própria existência. É o ‘estalo’ para novas ideias. Embora haja quem relute contra esse estalo. Uns prosseguem com a farsa do casamento feliz, alguns limitados no emprego entediante, outros infelizes com a religião claustrofóbica.
<br />Algumas pessoas por receio, crenças ou tabus passam anos, décadas e até uma vida no mesmo lugar. O medo de ousar, de sair desse lugar cômodo de sempre, de ser alvo de julgamentos impede a abertura de novos caminhos. Elas vivem enjauladas dentro de suas mentes. “Medo do medo do medo que dá” (...), para citar Lenine.
<br />No livro “Doidas e Santas”, Martha Medeiros faz a seguinte observação:
<br />“Tem muita gente piruá nesse planeta.
<br />Gente que não reage ao calor, que não desabrocha.
<br />Fica ali, duro, triste e inútil pro resto da vida.
<br />Não cumpre sua sina de revelar-se, de transformar-se em algo melhor.
<br />Não vira pipoca, mantém-se piruá. É um piruá emburrado, que reclama que nada lhe acontece de bom.
<br />Pois é. Perdeu a chance de entregar-se ao fogo, tentou se preservar, danou-se.
<br />O importante na vida é reagir às emoções e não manter-se frio, fechado, feito um grão que não honrou seu destino.”
<br /> E você, cumprimenta pela manhã o Frankenstein que tem dentro de você?Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-61668591956901353642010-03-17T07:12:00.000-07:002010-03-17T07:50:43.603-07:00Entre garfos e facasPoucas coisas na vida conseguem ser tão clichês quanto aquele almoço ao meio-dia, que algumas pessoas marcam quando querem ‘conhecer’ melhor o outro. O apetitoso(!?) programa de começo de tarde é, quase sempre, o pretexto mais sutil, discreto e, até digamos, fofo para estreitar vínculos com a criatura em questão. P.S: Nem que o objetivo maior seja levá-la para cama um dia.<br />Convidar alguém para almoçar é uma atitude estratégica. Dificilmente a pessoa convidada vai questionar as intenções de quem convida. Sejam elas quais forem! Vejamos: um jantar, por exemplo. Quase sempre o ‘segundo round’ é no motel. No almoço não. Supostamente você está apenas desfrutando de um momento agradável ao lado desse seu novo contato. Isto quando você é o convidado!<br />Não é à toa que as pessoas são tão contidas, tão discretas nesse tipo de encontro. Parece que o mundo se resume a folhas e peixe grelhado, boas maneiras à mesa e garfadas lentas – intercaladas com perguntas e respostas descontraídas. Não dá para imaginar um almoço desses no Mercado da Madalena, no rodízio de carnes ou em algum ‘sem balança’ do centro da cidade. Seria muito revelador, não acham?<br />Por falar nisso, já viram a rotina dos casais ‘estáveis’ quando vão ao restaurante? Pedem o prato, devoram a comida, pagam a conta e vão embora( mais ou menos nesta ordem). Quando esboçam qualquer demonstração de afeto pode ter certeza de uma das alternativas: a) o casal está em crise e saiu para comer fora, b) está comemorando o Dia dos Namorados, c) é cena de novela mesmo...<br />Outra vez o ‘cara’ convidou para almoçar uma morena que acabara de conhecer. Para impressioná-la resolveu oferecer ‘escargot’ no prato principal. Ela, para não ficar por baixo e demonstrar alto grau de conhecimento gastronômico, rebate: “Não, obrigada. Não gosto muito de frutos do mar”.Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-49376190605901068352010-01-22T05:03:00.000-08:002010-01-22T07:21:48.641-08:00Do trident ao big big<div align="justify"><span style="font-family:georgia;">Você já deve ter ‘arrastado um bonde’ para estar com alguém. Em outros casos foi alvo (e presa) da cobiça alheia. Seja lá em que contexto for, tem sempre uma experiência amorosa em nossas vidas merecedora de um litro de ‘Liquid Paper’. Concorda? E não me refiro aqui àquelas situações onde há um resquício de afeto que (ainda) une o casal. Até porque é legítimo quando uma das partes ‘gruda’ até saber ‘qual é a do outro’.<br />Mas, falo das criaturas que recebem um NÃOOO do tamanho de outdoor de motel e, ainda assim, não desistem. Elas vão chegando, chegando e... logo tentam parasitar sobre a vida do outro. Ou você vai dizer que não sentiu isso depois que aquela persona non grata resolveu se tornar visitante diária do seu Orkut? E se ela telefona toda sexta-feira à noite “apenas” para ‘dar um oi’? Isso quando ela não decide manchar a tua imagem por onde pode. E, muitas vezes, faz isso com doses tão intensas de maldade, que deixa qualquer vilã de novela mexicana comendo poeira. Te cuida, Soraya!<br />Por falar nisso, esbarrei com dezenas de casos de pessoas que, contaram-me quase a mesma história a respeito desse tema. Situações dignas de relato de encerramento de ‘Viver a Vida’. Aquela coisa meio... Meu nome é Fulana, virei especialista em driblar a perseguição de alguém assim, assim... blábláblá. Em geral, o indesejado ‘Outro/ Outra’ sempre ‘dá um jeitinho’ de descobrir seus passos cotidianos e, “coincidentemente”, aparecer por onde você anda- como se fosse um ‘vulto real’. Imagine o que é ter que esbarrar no shopping, na praia, na balada com uma assombração se materializando na sua frente? Buuh! Caso que você adoraria mandar para os estudos de exorcismo de padre Quevedo.<br />‘Pessoas chicletes’ pertencem a categorias diversas. Umas se fazem de vítimas( posando o tempo todo de abandonadas no altar), outras são espertas( fuçam tudo sobre a vida do outro e grudam mesmo), as dependentes( esbarram com a pessoa e repetem a mesma história de sempre), tem as “inocentes”( detonam você para meio mundo e juram de pés juntos que nunca falaram nada) e tem as artistas( que são um pouco de todas as categorias e ainda mais).<br />Deve ser por isso que a ‘filósofa teen’ Mc Perlla não poupou formalidades com a música ‘Carrapato’: (...)Você enche o saco até com as minhas amigas/ Fica implorando pra botar na fita/ Só que eu não quero nada/ contigo eu não quero nada (...) Feito um carrapato você quer me acompanhar/ Pensa que tem papo, mas é ruim deu te escutar/ Sai garoto chato eu não quero te pegar/ Sai garoto chato eu não quero te pegar(...)<br />E para finalizar... Certa vez, uma amiga se referia ao EX- que não a deixava em paz- como o “Goma de Mascar”. Numa definição mais sensata ela discorria sobre o desafeto: “ Tem curto tempo de duração, logo perde o sabor, a textura, a coloração e, torna-se algo indesejado... algo que causa incômodo e repulsa, principalmente quando gruda no sapato”.</span></div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-60095709418973264072009-11-19T12:50:00.000-08:002009-11-20T07:26:07.940-08:00Por baixo do microvestido<span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Quando tentamos imaginar as primeiras manifestações humanas logo vem à mente a imagem de um grotesco homem de neandertal, arrastando SUA mulher pelos cabelos, como se arrasta um saco de batatas. Não é à toa que a expressão 'tempo das cavernas' é empregada, quase sempre, em tom pejorativo. Geralmente, usada para definir algo obsoleto, inconcebível ou inaceitável para os dias atuais.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Deve ser por isso que as pessoas 'respiram aliviadas' ao constatarem que, graças à evolução histórica e cultural, ultrapassamos aquela fase de brutalidade de nosso passado milenar.</span><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Bem, é o que acreditamos... até esbarrar com os 700 e poucos </span><span style="font-style: italic; font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Homo neanderthalensis</span><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" > da Uniban, durante o 'apredejamento social ' da 'Geni' do microvestido pink.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >O caso de perseguição, hostilidade e execração pública da estudante Geisy Arruda ganhou destaque nos jornais pelo mundo afora. No Brasil não foi diferente. Movimento feminista, estudantil, OAB, mídia, sociedade civil e o escambau versus uma discussão para lá de acalourada. Afinal, o que é uma roupa adequada para usar na faculdade? Onde fica o direito de ir e vir? O que justifica a ação truculenta dos alunos da Uniban?</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Como pode...no país das nádegas à mostra nas praias e dos seios descobertos no carnaval um vestido curto causar tanto frisson? Intolerância, hipocrisia? Falso moralismo? Antes de responder a essa pergunta, vale questionar que, certamente, não se montaria todo esse circo se o 'objeto' em questão fosse uma camiseta regata ou uma bermuda curta trajada por qualquer marmanjo em terras tupiniquins.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >Dia desses alguém vociferou frases do tipo " Ela quem provocou", - como se algo justificasse aquela balburdia e violência toda-, "Só fez isso para se promover"- nem que ela fosse assessorada pelo marqueteiro Duda Mendonça-, e, pior, a mais estapafúrdia de todas "Ela nem tem corpo para usar aquela roupa". Como se a liberdade de escolha de roupa curta se restringisse apenas a Juliana Paes, Priscilla do BBB ou a Mulher Moranguinho.</span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >E de que lado fica a Uniban na história? Em vez de seguir os caminhos da inclusão, da discussão saudável sobre o papel da instituição de ensino no processo de formação cidadã, mostra-se despreparada, obsoleta e desqualificada para lidar com uma questão meramente cultural. </span><br /><br /><span style="font-weight: bold;font-family:trebuchet ms;" >No final das contas, começo a acreditar que o regime talibã transferiu sua sede ou inaugurou alguma sucursal no Brasil há tempos! Moderninhos, avançados? Que nada. Estamos no país da burca. </span>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com4tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-61155326498492574852009-10-13T14:40:00.000-07:002009-10-19T13:11:00.647-07:00PESSOAS SACANAS<span style="font-family:verdana;"><strong>Temos o hábito de separar as pessoas em escalas. As que gostamos mais, as que gostamos menos, as indiferentes. É assim no trabalho, na vizinhança, na faculdade. É assim na vida!<br />Em se tratando de <span style="font-style: italic;">affair</span>, a história não é diferente.<br />É até, digamos, mais contundente. Tem a pessoa mais marcante, a inesquecível, a fofa, a sexy... uhuuu …<br />Mas, no hall das categorias há uma quase inevitável: a sacana. Isso mesmo! Aquela que você mandaria para a Faixa de Gaza, apenas com passagem de ida. Aquela que você escreve o nome com todas as letras no item desafeto em qualquer questionário da Capricho ou da Atrevida.<br />Dizem que as pessoas sacanas merecem desprezo, indiferença. São aquelas que a gente vira a cara quando esbarra na calçada da C & A, na fila do cinema ou nas ladeiras de Olinda (no carnaval).<br />Por outro lado, há quem prefira encarar. É o momento em que se aproveita a 'esbarrada' com a <span style="font-style: italic;">persona non grata </span>e, lança-se um olhar de superioridade. Uma coisa meio … “viu só, como continuo no topo da onda?!”<br />Há quem vá mais além. Com direito a sorrisinhos e apertos de mão, a vítima cumprimenta, conversa e ainda se despede do desafeto com beijinhos e até mais. Dizem que é a melhor forma de despertar o senso de culpa de uma pessoa sacana. Ou, que, pelo menos, foi sacana com você.<br /></strong></span><span style="font-family:verdana;"><strong>Outros não dispensam uma vingança. Conheço até gente especialista em arranhar a imagem do/da ex. Basta saber que <span style="font-style: italic;">o cara, a doida</span> engatou um novo romance e, … BOOOM! Em fração de segundos, aquele ser de outrora tem a credibilidade mais manchada que a de todos os parlamentares do Senado juntos. É... ! Tem gente que não deixa por menos.<br />As pessoas sacanas quase nunca admitem que o são. É um tal de ‘mal entendido’ para lá, ‘não foi bem assim’, blábláblá. Quando reconhecem procuram diminuir a dimensão das coisas. Umas preferem se respaldar na imaturidade, outros na falta de tempo, nas incompatibilidades, e por aí vai.<br />As pessoas sacanas são como fantasmas. São referências ruins. Não merecem ser apagadas da nossa história de vida, afinal ... nas boas histórias também aparecem bandidos e vilões. Nenhuma história é só bela, com final feliz. O importante é buscar uma nova experiência. Não para compensar o insucesso da anterior, mas para acrescentar. De preferência, uma paixão daquelas de tirar o fôlego. Com direito a beijo de cinema e esticada na noite adentro... ou,afora !No final de tudo, ela(a/o sacana) vai perceber que não é o terceiro vértice que falta para completar o seu triângulo. E que você... ahhh, está melhor que nunca . Boa sorte!</strong></span>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-55062936461798564202009-04-10T14:21:00.000-07:002009-04-12T14:30:33.483-07:00Morangos, champanhe e... CORTA!<div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"> Outro dia, passando em frente a uma banca de revistas, deparei com uma matéria sobre técnicas de sedução e afins. Na capa da revista um depoimento de uma mulher que diz ter tirado o casamento do fundo do poço. Em meio a chicotes, sutiãs, plumas e champanhe, a danada jurava para quem quisesse ler que “o segredo de uma relação duradoura é não cair na rotina”. E olhem que ela nem era de se jogar fora. É ...! Em tempos de concorrência acirrada, a mulherada parece não ter se deixado abater pelas Melancias, Morangos e Melões que povoam o imaginário da macharia de plantão. Volta e meia surge algum especialista em comportamento sexual, apresentado uma ‘mirabolante’ estratégia para elevar a libido do varão à milésima potência. Como diria João do Morro -“As nega endoida”. Vídeos, revistas, palestras, programas de TV (que o diga Luciana Gimenez e seu famigerado Superpop) são apenas alguns exemplos clássicos que comprovam a eficácia da temática S-E-X-O, no que diz respeito ao interesse feminino.<br /> Por falar nisso, me veio um caso um tanto, digamos, inusitado. Uma amiga de uma amiga relatara sobre uns ‘truques’ que aprendeu com umas colegas no salão de beleza. E não deixou por menos – resolveu agir naquele mesmo dia, ou melhor, naquela mesma noite. Esperou o marido chegar do trabalho para entrar em cena a la Femme Fatale. Aromatizou o ambiente, escolheu como trilha sonora “Je t’aime moi non plus”, espalhou rosas, morangos, mais uns outros apetrechos pela casa e apareceu na frente dele vestida com uma lingerie vermelha- comprada por telefone num sex shop- e, foi para o ataque. Ah, que fique claro que ela não tentou seduzir o cara apenas com as minúsculas vestes, mas com todo um arsenal de sensualidade e desenvoltura- de deixar até Priscila, do Big Brother, se mordendo de inveja. Mal começou o showzinho, e o marido dela indaga, com expressão de espanto “- Que porra é isso, Amanda”?! Bem, aquela não seria a melhor ocasião para explicar as causas e os objetivos da performance. Aí quem brochou foi ela ... Foram dormir.<br /> No dia seguinte ela vociferava para meio mundo que tinha ARRASADO na noite anterior. Achando pouco, ainda deu umas aulinhas de sedução às colegas mais lentinhas, coitadas. Afinal, depois de ter vivido aquele trauma com o marido, ela não podia ficar por baixo. E saiu falando, repetindo, sugerindo ... por muito tempo - uma diva na arte do sexo. O melhor, é que no final das contas, a mulher acabou chegando à conclusão que o problema era o cara. “Estúúúpido”, como ela o tacha hoje em dia. </span></strong></div><div align="justify"><strong><span style="font-family:verdana;"> Depois disso, arrumou outro. Menos mal. Imaginem se ela resolve encanar? Seria aquele processo de rejeição interminável. A cada fruta, digo, a cada dançarina, funkeira, modelo e tantas outras inventadas pelo mercado do consumo ela se sentiria o projeto do caroço de cada uma delas. Mas, foi esperta. Não deixou se vender nem se render ao mundinho imaginário criado pelas revistas e pelos programas de TV. Até porque, no ‘mercado’ dos ‘peitos e bundas’ o que está sempre em alta é deixar em baixa quem o consome. Que é bonito, é. Que excita, que instiga, que despertam a luxúria e a cobiça não se discute, mas é preciso não perder a identidade frente essas imposições. À luta, mulher guerreira.</span></strong></div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com5tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-12270056221555334832009-01-30T07:10:00.001-08:002009-01-31T14:07:43.656-08:00As mudanças e os OutrosAs mudanças em nossas vidas costumam deixar marcas. E não se trata, apenas, de mudanças como troca de endereço, de emprego ou de corte de cabelo. Mas também das escolhas individuais ao longo da vida. Aquelas que parecem ter surgido de um choque de 220 wolts entre o EU de antes e o EU de depois.<br />Dia desses, deparei com uma situação interessante. Reencontrei uma amiga - dos velhos tempos de escola-, e o que constatei? Um exemplo apoteótico de mudança absoluta. De cento e oitenta graus. Da água pro vinho. De Pau Amarelo pra Candeias. Enfim... de um pólo a outro. A representante mundial do casamento perfeito - que sempre me soou como ' a esposa acomodada'- finalmente resolveu romper com a (pseudo)felicidade sugerida na foto principal do porta-retratos do casal. Se desfez do cônjuge e correu pro abraço. Literalmente! A mulher se deu ao luxo de ser vista na balada recifense aos beijos, abraços e amassos com um antigo colega de faculdade. Por razões pouco óbvias, não consegui enxergar nela a criatura "certinha", caseira e cheia de pudores de outrora. Não que as pessoas devam se enquadrar em rótulos para o resto da vida -mesmo porque certas mudanças fazem um bem danado- , mas é impossível não tomarmos essas mudanças como o divisor de águas entre o que fulana era( ou acreditávamos que era) e o que fulana é agora. E até mesmo quando a poeira baixa e já ressignificamos os novos valores sobre a pessoa, eis que aparece de algum lugar a representação do passado e afirma tudo. Ou nega. Sempre tem alguém para se referir ao passado de outro alguém , seja fazer fazer um juízo de valor negativo ou positivo.<br />Ontem na TV, um pastor daqueles programas evangélicos da madrugada comentara sobre a "transformação" de vida de um homem presente naquele culto :" Esse aqui, meus irmãos... fumava, matava, roubava. AGORA, blá blá blá". É o tipo de passado que as pessoas só afirmam para negá-lo, digamos assim. Que o digam as dezenas de modelos e atrizes que mostraram suas partes mais calientes nas páginas da Playboy e agora só falam da salvação. Difícil mesmo é para os taradões cumprimentá-las com um respeitoso "Paz do Senhor, Irmã".<br />Por outro lado, há quem resista a mudanças. Por medo do desconhecido, do incerto, preferem entender a não mudança como o estado 'perfeito'.<br />Em geral, mudança é quase sempre bom. Crescemos, aprendemos mais. Volta e meia refletimos sobre as bobagens que fazíamos antigamente e percebemos o quanto melhoramos. Isso me lembra uma anedota sobre diferença de concepção sobre mudança.<br />Certa vez, duas conhecidas senhoras se esbarraram na rua. Ao notar o tom calmo, discreto e breve da primeira senhora- sobretudo em relação a não dar detalhes sobre sua vida pessoal como fazia no passado-, a segunda pejorativamente comenta: " -Você está tão mudada...". A outra rebate categoricamente: "- Já você ... continua a mesma, hein ".Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com6tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-37100354529308430722009-01-03T10:18:00.000-08:002009-01-17T20:51:11.034-08:00<strong>FELIZ ANO NOVO!<br /><br />Chegou 2009! É hora de pôr em prática as promessas da virada do ano. Aquelas mesmas que você mentalizou enquanto pulava as sete ondas, comia lentilhas ou estourava a velha Sidra Cereser.<br />É preciso muita força de vontade para começar 2009 em dia com si próprio. Entrar no novo calendário com o pé direito é uma questão de ordem. Por isso, as pessoas sentem-se tão vibrantes e empolgadas quando prometem mundos e fundos no primeiro segundo do ano que se anuncia.<br />E nem me venha dizer que sua listinha de promessas seja tão básica que não inclua emagrecer cinco quilos, ficar o corpinho do verão, encontrar um amor de novela das oito e conseguir o emprego dos sonhos- aquele de deixar até Roberto Justus se mordendo de inveja.<br />Janeiro é o mês crucial para tudo iss. As empresas recebem mais currículos que receberam cartões de boas festas em dezembro, as academias tornam-se (ainda mais) templos de culto ao corpo perfeito e as praias e baladas viram bosques de caça. Segurem as pontas! É até cômico conciliar a seriedade de nossos juramentos com a atmosfera tentadora do comecinho do ano, não acham? Verão, praia, férias e cerveja: uma mistura explosiva.<br />Por falar nisso, temos extrema necessidade de cumprir o que prometemos. Precisamos de sucesso nessas promessas para nos sentirmos seguros e confiantes. Mais ou menos como uma credencial para garantir que no resto do ano as coisas serão boas. </strong><br /><strong>O pior é quando constatamos que não deu para ficar OKAY com tudo o que havíamos prometido. Deve ser por isso que as pessoas temem tanto a segunda-feira. É o dia em que a consciência nos clama pela retomada das pendências cotidianas e nos questiona se somos capazes de quitar nossas dívidas internas. É uma tortura hitleana! O bom é que ainda estamos no início do ano. Boa sorte!</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-39436052848097938092008-10-29T08:35:00.000-07:002008-11-03T08:20:22.189-08:00AMORES, APARÊNCIAS E GARANTIASOutro dia uma amiga lamentava o quanto é difícil, nos dias de hoje, encontrar alguém que “valha a pena”. De uma hora para outra, o namorado a largou – como se larga uma peça de saldão da C&A no meio da loja. E o pior é que a coitada realmente estava com os quatro pneus ‘arriados’ pelo cara. O filho da mãe – expressão usada por ela para se referir ao seu ex affair- chegou numa quinta-feira à noite e deu um “GAME OVER” na relação. Até aí tudo bem. Afinal, ela ainda não tinha descoberto que seu boyfriend já se engraçava por outro rabo de saia há séculos. O que mais a angustiava, digamos assim, foi ele ter acabado o namoro com apenas meia dúzia de frases do tipo “não dá mais certo”, “precisamos dar um tempo” e “eu vejo você como amiga”.<br />Depois disso, ela passou a acreditar que o problema era com ela. Chegou a fazer uma listinha com as possíveis razões que teriam levado o carinha a lhe dar o pé na bunda. Até conseguir superar a dor de cotovelo, e detoná-lo para meio mundo, excluí-lo do Orkut e dar fim aos presentes que de alguma forma lembrava o ‘falecido’, a mulher chegou a vivenciar uma CRISE interminável- algo mais profundo que a atual americana.<br />Mas, voltando à ocasião quando minha amiga externava seu drama afetivo/conjugal – coisa pouca perto dos mirabolantes casos do programa de Márcia- , um questionamento dela me deixou com os neurônios em pé. Ela divagava ... sobre uma eventual hipótese de “não se enganar com a pessoa amada”. Ihh.. sei, sei, sei. Entre uma Antarctica e outra, discutíamos sobre decepções, traições, frustrações e mais alguns “ões” da traumática fase pós-namoro.<br />Encontrar alguém que seja, de fato, o que demonstra ser é o sonho de consumo de quase todo mundo. E muitas vezes, a atividade diária de perceber o outro- aliada a uma boa dose de intuição- permite identificar se a criatura em questão passa no teste de qualidade, ou se está imprópria para uma relação a dois.<br />As decepções são inevitáveis quando você começa a notar os primeiros deslizes, as primeiras contradições e incoerências entre o que a pessoa diz e o que a pessoa faz. Embora, quase sempre, a gente continua fingindo que não está vendo nada. Jo-Ellan Dimitrius, autora do livro ‘Decifrar Pessoas’, chama isso de “dissonância cognitiva”- é fechar os olhos e a mente para não enxergar os sinais que passam bem ali na nossa frente. Mas, como diz o ditado “O amor é cego”. Ou seria “O amor cega”?!<br />Seria mais fácil se os assuntos referentes ao coração nos dessem algum tipo de garantia contra sofrimento. Algo como... SEGURO, sabe?! Não entendeu? Tudo bem. Para evitar que uma das partes se magoasse tanto, os relacionamentos funcionariam mais ou menos como as propostas de algumas publicidades. Já pensou? Conheça fulana, e se em três meses notar que a criatura não ‘presta’, você terá sua auto-estima elevada de volta. Funcionaria melhor que o iogurte Activia! Ou, por exemplo, como o anúncio do Bompreço: se você encontrar proposta melhor na concorrência ... nós devolveremos o tempo que você perdeu.<br />E, se tudo passa... o efeito do álcool também. ENFIM! Vamos à luta. Ajude-nos, Santo Antônio.Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-30588391812062048292008-09-14T17:11:00.000-07:002008-11-20T09:37:50.169-08:00PRÓXIMA PARADA<strong>Nas décadas de oitenta e noventa havia quem acredistasse que quando chegasse o ano dois mil estaríamos viajando em naves espaciais, mais ou menos como os Jetsons. Muitas das idéias que povoaram meu imaginário de criança foram descartadas depois de constatar que não aconteceu nada do que as pessoas me diziam sobre o futuro. E que, depois da entrada no novo século, continuou existindo o CDU- VÁRZEA para nos transportar em nosso vai-e-vem diário. Por falar nisso, viajar nos ônibus da CRT é mais que viagem, é a apreciação de um verdadeiro ‘talk show’ ao vivo. Sugiro a quem busca diversão a preço popular subir no coletivo, de preferência no Cais de Santa Rita, e só descer no terminal da Várzea. Você desfrutará de uma sensação democrática, uma experiência multicultural, como a cidade do Recife. Do vendedor de pipocas que se lança para dentro do ônibus oferecendo o ‘passatempo da viagem’ (nas opções doce ou salgada) ao menino que pede para ajudar sua família desempregada,afinal, 'é melhor estar pedindo que roubando, pessoal.’ Sem esquecer das miudezas do grupo Terapia do riso, em versões que vão de cartões temáticos a adesivos do Bob Esponja. E por apenas UM REAL! Ou... UM VALE A. E tudo ao som da Rádio Recife. Dá-lhe Teca Cristina e sua Paradinha de 'sucessos'. </strong><br /><strong>São inúmeros os fenômenos que podem acontecer no interior dos coletivos. Algo digno de um estudo sobre comportamento humano. Tem dúvida? É só perguntar a quem já engatou uma paquera nas últimas cadeiras do busão. É aquela velha história: ônibus vaizo, alguém interessante e... uma possibilidade no ar. Ou melhor, na Terra. Dia desses uma amiga relatou sobre um ‘deus grego’ que ela conhecera dentro do famoso BARBALHO- DETRAN. Depois de se entreolharem por um bom tempo, trocaram telefone e, acabaram se conhecendo melhor. Final da história? Seichelles num dia, Fidji no outro. Isso me lembra o filme dos anos setenta ‘A Dama do Lotação’. A protagonista Solange, interpretada por Sônia Braga, vagava pelos coletivos da cidade em busca de aventuras com todos os homens que ela pudesse seduzir. Em outro ponto da cidade, na Avenida Guararapes para ser mais exato, um senhor de meia idade se agita ao ver se aproximar seu ônibus. P.S.: a expressão ‘seu ônibus’ foi empregada propositalmente. Afinal, o uso do pronome possessivo é marca registrada de quem freqüenta as paradas lotadas de todos os dias. “Até amanhã, fulano. Lá vem meu ônibus”, “O seu vem logo aí atrás”. E o senhor corre em direção à estreita porta de acesso à entrada do velho busão. Creio que o governo deveria criar projetos de inclusão social a partir da realidade de funcionamento dos coletivos do Recife. Você acaba de subir no ônibus, um BARRO-MACAXEIRA da vida, e vai tentando atravessar o estreito corredor. Imediatamente um passageiro sentado surge como voluntário para segurar seus pertences. Ufa! Já é motivo de sobra para um sorriso de agradecimento. Não leva muito tempo para iniciar um dedo de prosa. Em fração de segundos a conversa toma um rumo... típico de compadres ou de vizinhas de dezoito anos de convívio. Aliás, já perceberam como os diálogos nos ônibus iniciam sempre em torno dos mesmos temas? Sol escaldante, trânsito caótico da Conde da Boa Vista ou a lentidão com a qual o motorista conduz o veículo. E dependendo da evolução da conversa outras pessoas vão interagindo no papo, sem o menor pudor. Semana passada um rapaz, sentado lá pelas cadeiras do meio, esbravejava em repúdio ao início do Guia eleitoral na TV. Mal terminou de dizer que ‘nenhum candidato presta’ o homem do lado sorri discretamente, concordando. Em seguida, a mulher da frente se vira e diz que se pudesse ‘não votava em nenhum desses filhos da mãe’. Pronto! Em menos de cinco minutos as dependências do DOIS IRMÃOS- CAXANGÁ transformou-se em mesa-redonda de debate político. Dificilmente cena como esta seria possível no elevador, na fila do banco ou na sala de espera do consultório médico. Andar nos coletivos tem um quê de inusitado, de fetichismo. É um momento único, sempre. Enfim, sem maiores divagações. Eu desço na próxima. </strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com9tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-69822266463850740942008-07-26T10:29:00.000-07:002008-07-26T11:54:18.100-07:00DIAS DE CHUVA<div align="justify"><strong>Inverno: férias de julho, reunião com amigos, beijos apaixonados e sessão de filmes. Dificilmente dá para sair do clichê em busca de inovações pirotécnicas quando o assunto é pensar em opções sugestivas para a estação mais fria do ano. Saídas sem destino, esticadinhas na noite e programas distantes de casa não combinam com chuva.<br />Quem se aventura em querer sair do ‘script’ esbarra com possibilidades desagradáveis para um dia chuvoso. E não são poucas. Tênis encharcado, guarda-chuva arrebentado pela força do vento, banho de lama proporcionado pelo carro em alta velocidade, atraso no compromisso importante... enfim. Os dias de chuva podem ser definidos como dias de caos.<br />Estava lembrando recentemente de cenas de filmes e novelas onde a liberdade e o prazer eram materializados sob o cenário de uma chuva torrencial. Personagens livres, maravilhados, libidinosos contemplavam a vida, o mundo, o ato de existir (debaixo d'água). Quem não lembra do clássico dos anos 50 “Cantando na chuva”?! Don Lockwood, interpretado por Gene Kelly, esbanjava felicidade e alegria debaixo de uma chuva interminável, sem a menor preocupação com a existência do Benegrip ou do Vick Pirena no dia seguinte.<br />Seja em Hilda Furacão, Gabriela ou Tieta os personagens ora sozinhos, ora indo ao encontro do ser amado, vivenciavam passagens intensas de entrega e de permissividade numa paisagem pluvial que deixariam qualquer Adão e Eva se mordendo de inveja.<br />Fico imaginando como seria protagonizar uma situação dessas sob o cenário da Avenida Recife, Domingos Ferreira ou Abdias de Carvalho completamente alagadas. De um lado motoristas histéricos, pedestres procurando abrigo, do outro os ônibus realizando as manobras (dignas de uma performance do SE VIRA NOS 30) para desviar dos buracos das ruas.<br />Ou ainda, como seria pensar uma cena entre dois namorados que se reencontram em pleno temporal na parada 05 da Avenida Caxangá? Certamente, nosso lado mais romântico e sensível à melancolia da chuva, construiria um acontecimento tirado das melhores composições musicais que tratam do tema em questão. E as opções são várias. Chuva de Prata, Chove Chuva, Vai chover, Ai ai ai e Quando a chuva passar - ótimos exemplos para aguçar nosso fetichismo perante a combinação de um momento chuvoso e uma possibilidade no ar. Certamente será a melhor escolha! Se resolver pensar no que acontece, de fato, no nosso mundo real você irá esbarrar com gripe, indisposição, lama, cansaço e tantos outros percalços. Provavelmente desistirá no meio do caminho (antes mesmo de começar a se molhar). Aproveite a previsão do tempo- uma massa de ar polar associada a uma frente fria vai derrubar as temperaturas. Chuvas em todo o Brasil. E aí, algum programa para fazermos hoje à noite?</strong></div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-1683795350201195832008-06-26T19:30:00.001-07:002008-06-27T07:37:36.178-07:00REENCONTROS INESPERADOS<strong>Várias situações do dia-a-dia nos causam surpresa. Umas boas, outras ruins, outras ... digamos, embaraçosas. No topo da lista merece destaque como cena digna de "troféu mico do ano" um reencontro inesperado com um ex-affair'. Eis a cena: aquela pessoa a qual você conferiu o status "offline" na sua vida esbarra com você numa tarde de sábado em pleno shopping lotado. Depois dos 30 segundos de formalidades e perguntinhas clichês "oi", "tudo bem?", "tudo, e você"?, "bem, obrigado" poucas pessoas se atrevem a arriscar qualquer performance que saia do script para esse tipo de situação. Quando não existe mais interesse pela pessoa dificilmente vai valer a pena inovar e arriscar um papo de "amigo". Tudo pode funcionar exatamente ao contrário do que você quis dizer. Para quem prefere emendar a conversa para falar de projetos de vida, blá blá blá ... corre o risco de ser visto como frio e distante, se for falar da ótima fase conjugal do momento vai parecer que está querendo "sair por cima", se for falar de frustrações do relacionamento mais recente pode parecer discurso de quem quer viver um “vale a pena ver de novo”. Por outro lado, quando ainda existe algum tipo de dependência afetiva fica mais difícil não ser percebido. São nessas horas que o estilo "durão" se desmorona como um castelo de areia. Mais complexo que um reencontro dessa ordem é o reencontro consigo mesmo, com os sentimentos mais adormecidos, com os medos e os conflitos internos vindos à tona (somados à expectativa de prever o que estará se passando na cabeça do outro). Tomar qualquer iniciativa pode ser um bom começo para estabelecer o rumo da situação. Da promessa de telefonema a um encontro em breve tudo pode aumentar as expectativas (suas, da pessoa ou de ambos). É o tipo de situação onde temos pouco tempo para tomar qualquer decisão, sem direito a pensar duas vezes. Ah, e onde tudo o que se diz ou o que se fala pode ser duplamente arriscado e comprometedor. Prova disso é tudo o que pensamos depois que nos despedimos da criatura em questão. É um tal de “ah, eu poderia ter tido isso”, “não devia ter comentado...”, “faltou perguntar isso”, etc. É num momento como esses que o mais indicado é arriscar um convite calórico à base de hambúrguer, batata-frita, chocolate e refrigerante. O mais angustiante é conseguir entender se ainda há interesse da sua e da parte da pessoa. Quando não há por nenhum dos lados é mais fácil seguir o caminho, quando um dos lados quer algo e o outro não, é deprimente. Enfim, nesse furacão de possibilidades o melhor mesmo é ousar e fazer um convite para um cineminha na mesma hora, “na lata”. No pior das hipóteses... você assistirá a um bom filme. O resto é por conta da interatividade. Boa sessão!</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com16tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-89287270815610087732008-05-20T18:50:00.000-07:002008-06-27T07:21:01.120-07:00CRÉU EM NÓS<strong>Foram-se os tempos em que para fazer sucesso na música brasileira bastava combinar talento com uma boa dose de oportunidade. </strong><br /><strong>O Brasil, que viu aflorar fenômenos conhecidos mundialmente como Tom Jobim, Maysa, Chico Buarque e Maria Bethânia, também foi palco dos Festivais de Música na tevê, a partir dos anos 60 e de grandes encontros musicais durante a Era de Ouro do rádio.</strong><br /><strong>Há algumas décadas Rita Lee questionava em uma de suas canções "Ai, ai meu Deus, o que foi que aconteceu com a música popular brasileira?", referindo-se à má qualidade dos produtos musicais fabricados pelas gravadoras. O que dizer então da febre "musical" que impesta as emissoras de rádio e os programas de tevê nos dias de hoje? Basta o ouvinte ou o telespectador mais desavisado tentar sintonizar alguns desses canais e ... "Créu!" Já era. Em meio a uma propaganda e outra "Créu", depois do comercial novamente é "Créu" e "Créu".</strong><br /><strong>De "Boladona" a "Bonde do Tigrão", de "Festa do Apê" a "Dança da minhoca" , essas pragas ensurdecedoras passam devastando, sobretudo, porque confirmam o interesse da mídia e das gravadoras pelos produtos descartáveis, que só servem para vender, garantir audiência e faturamento dos anunciantes. Esses "mantras" impõem-se muito mais pelo fator inusitado, pelo grotesco, pelo ridículo que pela identificação de quem consome com o tal produto. Por serem momentâneos duram o tempo da passagem de um eclipse. Não é à toa que são consumidos com a voracidade de um faminto que esbarra com uma fruta suculenta( permitam-me o trocadilho com a "Mulher Melancia") . </strong><br /><strong>É o que ocorre nas festas "Trashs" (lixo, em inglês), onde a diversão consiste exatamente em debochar da má qualidade dos produtos consumidos nos anos 80, como Gretchen, Sidney Magal, Paquitas e Beto Barbosa. Rimos, na verdade, porque recordamos de tudo que nos foi empurrado como objeto de consumo e também como forma de confirmar nosso distanciamento com a 'coisa' em questão. </strong><strong>Ninguém iria associar a lixo as músicas que lembram os bons encontros, os jantares românticos ou as idas ao cinema. </strong><br /><strong></strong><br /><strong>Bem, como febre passa... logo logo inventam a sucessora do Créu. Até lá você tem duas opções: </strong><br /><strong>Conformar-se em saber que temos uma rica herança cultural produzida pelos bons artistas até os dias de hoje ou desesperar-se e descer até o chão na última velocidade do Créu Créu Créu Créu Créu...</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com10tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-69262549682228077742008-04-25T08:46:00.000-07:002008-04-25T09:28:24.797-07:00DÚVIDAS MONSTRUOSAS<div align="justify"><strong>Para Platão e Aristóteles a capacidade do ser humano de questionar as coisas sempre foi vista de forma positiva. Para os pensadores clássicos, através da dúvida o indivíduo reflete sobre si, sobre o mundo e tudo que o cerca. Que o diga os adolescentes, que em pleno furor hormonal, inquietam-se em dúvidas existenciais sobre sexualidade, vestibular e seus laços de amizade. Mas, se para um adolescente no vigor dos dezessete anos o fim do namoro ou a reprovação no vestibular podem representar o passaporte para o fracasso definitivo, na fase adulta as dúvidas, as perdas e os ganhos tendem a ser encarados de forma relativa. Não que essa nova visão de mundo deva ser traduzida à falta de compromisso e irresponsabilidade perante o mundo. É bem mais uma sensação de deixar-se angustiar por questões mais simples, ou pelo menos não se desesperar tanto por situações inevitáveis da vida. É geralmente depois dos vinte e poucos que constatamos que as respostas para dúvidas maiores dependem muito mais do tempo e da forma como conduzimos nossos caminhos. Por isso costumamos encarar os questionamentos sobre carreira profissional, vínculos de amizade, relacionamento conjugal e outras cositas da vida como possibilidades que dependem mais da razão, da entrega e da cumplicidade diária. Talvez seja por isso que passamos a deixar de lado nossas dúvidas adolescentes por questionamentos mais práticos. Por exemplo, nunca entendi por que as revistas semanais nos consultórios médicos sempre são de 7 meses atrás!? Outra questão que ainda não tive resposta: por que toda semana é aniversário das lojas Insinuante? Mais uma: por que toda cena de novela quando o personagem levanta a mão para pedir a conta no restaurante o garçom aparece em 3 segundos com a bendita conta prontinha? Onde fica esse restaurante na nossa vida real? Outra: por que todo fim ano usamos a mesma mensagem nos cartões de natal? Estas sim merecem destaque na nossa lista permanente das dúvidas monstruosas que desafiam nossa capacidade de resposta. As demais... paciência, não é?! Ah, antes que eu esqueça: por que eu nunca consegui ser atendido pela Central da Oi em menos de vinte minutos de espera?</strong></div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com3tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-18693439948877706502008-03-13T20:40:00.000-07:002008-03-14T11:47:12.087-07:00SOBRE PRETA GIL<div align="justify"><strong>Volta e meia o noticiário do mundo das celebridades traz alguma saia justa envolvendo os artistas. Seja uma pulada de cerca daqui, um barraco em família dali, uma cruzada de pernas sem a danada da calcinha e ... já era! Um prato cheio para as famintas revistas femininas e para os programas de fofocas. O caso acaba ganhando dimensão em todos os ângulos, versões, possibilidades de interpretação, com até direito a atualizações diárias. Nos últimos tempos a bola da vez parece mesmo ser a cantora-atriz Preta Gil. Quando lançou seu cd "Prêt-à-Porter" em 2003 a filha do ministro chamou mais atenção por ter aparecido nua no encarte do que pelo bom repertório de seu álbum. Vale lembrar que vários artistas já exibiram em capas de discos pelo mundo afora fotos sensuais, exóticas, provocantes, e no final das contas era apenas a embalagem de um produto. Contudo, no país tropical das belas mulatas, Preta acabou se tornando vítima dos deboches e da intolerância da mídia através de exaustivas especulações em forma de enquetes e reportagens especiais sobre o suposto direito de mulheres ditas "imperfeitas", pelos padrões de consumo, poderem exibir seus corpos. Quem não lembra dos repórteres nas ruas perguntando: "o que você achou da Preta Gil ter aparecido nua no encarte do cd?" ... como se coubesse à mídia decidir se a atitude da cantora foi certa ou errada. Mas como tudo parece acontecer no país do samba, Preta acabou cedendo e resolveu aderir às lipos e ao silicone. Depois voltou atrás e novamente assumiu as formas rechonchudas. E como a mídia não perdoa, alguns episódios mais recentes têm comprovado o quanto os meios de comunicação se "comportam" diante de algumas temáticas. Depois de ter sido debochada pela equipe do Pânico na TV após levar um "caldo" numa praia carioca e de ter sido definida como "atriz gorda" no site de busca Google, a cantora resolveu processar este último alegando se sentir ofendida e rotulada. Há dois anos , quando saiu como madrinha de bateria na Mangueira acabou sendo vítima de preconceitos, através das polêmicas criadas pelos próprios jornalistas na cobertura do desfile quando a diferenciavam, de forma sutil, em relação às demais madrinhas. É sempre aquela história :" A Preta vem mostrando a diversidade no sambódromo", "a beleza exótica da Preta na passarela", "apesar de não ter as formas das outras ... ela vem fazendo bonito" e todo aquele velho blá blá blá, que só serve para mascarar o preconceito estigmatizador dos profissionais de comunicação no Brasil no que diz respeito à diversidade. A discriminação contra a Preta, na verdade, é apenas um recorte da exclusão diária que milhões de mulheres consideradas acima do peso vivenciam no Brasil. Além de excluídas pelas revistas de beleza, pelos eventos de moda, a identidade da mulher nacional vai sendo cada vez mais substituída pelas formas criadas nas clínicas de estética americanas e européias, que não retratam a real mulher brasileira. Além disso, tantas outros estigmas como ser negra(e carregar no próprio nome a marca dessa desigualdade), ser nordestina, ser bissexual conferem à Preta a condição de estar constantemente na berlinda de uma mídia que persegue, que rotula, que exclui. </strong></div><div align="justify"><strong>O protesto permanente da Preta contra a postura paleolítica da mídia é o protesto de todos que carregam de alguma forma o estigma de pertencer à diversidade, num país onde os comunicadores não recebem formação nas faculdades para lidar com o plural, com a amplitude do outro, com a ética, com o respeito, e como formadores de opinião só reproduzem os atrasos e as mazelas ideológicas sem a capacidade de questioná-los na prática profissional diária. Que apareçam outras 'Pretas' por aí afora para que possamos lembrar do nosso exercício constante de questionar as imposições e as pré-definições diárias.</strong></div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com18tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-58516949520192160722008-02-10T22:41:00.000-08:002008-02-10T23:41:51.163-08:00NOVO, DE NOVO<div align="justify">Poucas coisas na vida se assemelham à sensação de um início de romance.<br />Os sintomas de ansiedade, alegria e bem estar revelados num sorriso indisfarçável parecem ser iguais em qualquer ponto da galáxia onde haja gente em flerte.<br />E seja lá paquera, namoro, ficada ou relação extraconjugal as doses de adrenalina liberadas fazem qualquer apaixonado se sentir como se existisse dentro do seu corpo um trio elétrico baiano em plena segunda-feira de carnaval, querendo se soltar na avenida.<br />É nessa fase de descobertas e investidas que “jogamos” o tempo todo quase que inconscientemente, no intuito de fisgar a criatura em questão. Um jogo, digamos, baixo, de táticas de sedução para impressionar e passarmos o “melhor” de nós. Quem não lembra das mensagens de texto que chegavam no celular de 5 em 5 minutos na primeira semana de contato? E o que dizer dos encontros nos melhores restaurantes, das caras e bocas, dos telefonemas demorados e dos mimos em forma de bombons, chaveirinhos e cartões? E sempre com a mesma motivação: “-Ah, pensei em você e resolvi te trazer isto”.<br />Por esta razão é tão difícil decifrar com quem estamos lidando. É tudo tão tendencioso! Tudo parece ter saído dos melhores contos de fadas, que deixariam qualquer Alice ou qualquer Cinderela se mordendo de inveja.<br />Não é à toa que as pessoas quando acabam o romance acreditam que não conheciam “o outro”. Quando o “the end” acontece de forma tumultuada então... nem se fala. Só se escuta uma tal de decepção de um lado, revolta de outro. Você começa a crer que o desafeto elaborou um engenhoso plano de conspiração para enganar você. Todo referencial passa a ser as primeiras cenas do romance, quando você ainda recebia mensagens no celular à meia-noite com os dizeres do tipo “um anjinho passou para desejar boa-noite”, “que as estrelas olhem para mais uma: você” ou “ o que sinto é do tamanho do oceano”. Torna-se quase inevitável comparar o "defunto" de hoje com o "môzinho" do passado. Isso já é o suficiente para se divulgar aos amigos e amigas por que a criatura "não vale nada". Outro dia uma atriz global exibia suas tatuagens pelo corpo em homenagem ao homem de sua vida, que ela conheceu dois meses antes. Semanas depois tentava apagar de seu corpitcho o nome do dito-cujo, sob a alegação de ter sido precipitada pelo furor do momento de quando ainda estavam juntos.<br />Mas voltando à questão inicial, o poder indiscutível do começo de romance, é impressionante como nos revelamos através de uma paixão arrebatadora. A cara de quem viu o passarinho verde é notória por todos que nos cercam. Dia desses uma senhora da boa idade dava entrevista num suplemento dominical de um jornal sobre o namorado que ela conheceu num clube de dança de salão. A viúva enxutona exibia o novo love com um ar de animadora de excursão infantil como se fosse seu primeiro namorico, e defendia a paixão daquele momento como fórmula da jovialidade. Para sacudir ainda mais a vovozona finalizava a entrevista ressaltando a importância de os casais se separarem quando parecer que a relação já foi para Plutão(o planeta perdido) e se jogarem de cabeça num novo amor. De forma geral, quando nos permitimos desfrutar do sabor do começo de relacionamento sonhamos, lá no fundo, em encontrar alguém que nos complete numa relação estável e duradoura. Mesmo porque ninguém quer sentir toda essa avalanche de sensações maravilhosas de início de romance para esperar que seja passageiro. Mas até lá vale a pena degustar esse sabor incomparável.</div>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com7tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-61157814901508485422008-01-17T20:45:00.000-08:002008-01-17T20:52:15.730-08:00CONFLITOS DE VERÃO<strong>Janeiro... mês de viagem, início de dieta, reorganização do projeto que ficou inacabado no ano anterior e tantas outras promessas e metas feitas nos últimos segundos para a virada do ano. No mês em que as praias estão lotadas é comum encontrar com amigos que não víamos há séculos, pessoas que em algum momento passaram pela nossa vida e pareciam ter ido parar no esconderijo de Osama Bin Laden. Creio que são os melhores reencontros. Tem sempre alguma novidade, algum fato novo que aconteceu durante esse tempo em que a pessoa sumida hibernava socialmente. Depois de um turbilhão de informações e fofocas é inevitável a pergunta-clichê : “e o coração?” Nossa! Nem é preciso ouvir a resposta para conseguir deduzir que a cara mais lembra a “derrota do Brasil na Copa de 2006”. Se fosse fazer o levantamento do número de namoros “sólidos” que chegam às cinzas no mês janeiro seria necessário pedir ajuda ao IBGE. No repertório de razões e motivos mais usados pelos amigos e amigas para curtir a vida de solteiro no começo do ano uma tem lugar de destaque no carro abre-alas: o carnaval, é óbvio. Se por um lado às vésperas do dia 12 de junho é notório ver pessoas se lamentando pelos cantos em busca de uma cara metade para poder trocar beijos, declarações, bombons e perfumes do boticário em promoção, o primeiro mês do ano serve de momento de brigas e desentendimentos que justifiquem o término de um relacionamento para, conseqüentemente, deixar a pista liberada para as extravagâncias do carnaval. Tenho um conhecido que criou até estratégia para acabar o namoro de forma apoteótica: programou ficar ausente e indisposto para saídas românticas para dar motivo de o namoro esfriar. Não é que esquentou?! O filho da mãe agora está suando para elaborar um ‘plano B’ para conseguir mandar a pessoa para o “paredão” da forma mais discreta possível. Aliás, não é todo mundo que aceitaria ouvir da boca do “futuro-ex” que é melhor acabar o namoro para que uma das partes envolvidas possa curtir o carnaval com toda libertinagem que a ele/ela possa ser conferida. Há que prefira, por precaução, deixar a pessoa do ‘namoro sólido’ em stand by para uma possível renegociação pós-carnavalesca. Até porque não é todo mundo que esperaria encontrar o grande amor da vida na terceira boca beijada do dia numa segunda-feira de carnaval nas ladeiras de Olinda. Há até alguns casos em que a relação permite com que ambos(as) entrem em comum acordo e acabem a relação com a mesma estratégia mercadológica de uma multinacional que encerra suas atividades temporariamente para balanço e depois volta ampliada e mais cheia de recursos para servir à clientela. Por mais que sejam complexas, traumáticas, relativas, simples e subjetivas as formas como os términos de namoros são negociados e renegociados servem mesmo para revelar que o foco de tensão está bem longe de nós. Digamos, na Faixa de Gaza.</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com8tag:blogger.com,1999:blog-7759888006565585484.post-43009031864234568212008-01-02T19:50:00.000-08:002008-01-02T20:00:52.983-08:00FIM DE CASO- "EX" A QUESTÃO<strong>Que atire a primeira pedra quem nunca se pegou num final de tarde de domingo pensando naquele “affair” que deixou seu coração em frangalhos. Seja lá pela dor da ausência, pela nostalgia dos momentos agradáveis ou por quais outros motivos forem a lembrança geralmente nos inquieta, nos deixa emotivos, melancólicos, pensativos. Incômodo mesmo é quando somos tomados por uma série quase interminável de hipóteses: como seria se fulano(a), como seria se eu tivesse feito isso ou aquilo, etc e tal. Essa tortura hitleana só serve mesmo para nos deixar mal, culpados e crentes de que não fomos capazes de conduzir uma relação com sucesso.<br />São nos momentos de carência que pensamos que a lembrança do/da EX parece servir para EXplorar, EXterminar, EXplodir nossa capacidade de transmitir auto-confiança novamente. Até conseguirmos alçar a antiga pessoa à condição de: o defunto, a falecida, o outro, a coisa, o desafeto, passamos por um grau de debilidade emocional e dependência muito grande. Talvez seja por isso que as pessoas resolvem fazer mudanças tão bruscas, como mudar a cor do cabelo, emagrecer, entrar na academia, mudar qualquer outro aspecto no visual ou simplesmente agarrar “O” primeiro cueca ou “A” primeira calcinha que aparecer na frente. Por isso é de desconfiar quando alguém que acaba seu “affair” na quinta-feira aparece na balada no dia seguinte cantando no último volume das cordas vocais: “TÔ NEM AÍ”. Há quem prefira, simplesmente, aproveitar o momento pós-fim de relacionamento para adotar um novo lema de vida : “mulher é igual biscoito(...)”, “tá faltando homem no mercado”, “eu nasci para curtir a solteirice”, etc.<br />Para algumas pessoas o fim de namoro pode ser o início de uma amizade. E muitas vezes é. O que inquieta é imaginar ser amigo de alguém quando há pendência afetiva (e quase sempre há). É mais fácil conciliar tal amizade quando o “casinho” não significou muito para ambos. Conheço pessoas que se tornaram amigas (mais íntimas que absorvente) depois de uma noite de amor. Outras que se tornaram confidentes depois da separação de 15 anos casados. Aí vêm as perguntas: Como é esse nível de amizade? É imparcial ou tendencioso? É formal ou intenso? Depois de pensar em tudo isso comecei a olhar de forma menos punitiva a frase dita pelo ator Murilo Benício sobre “EXs”: “Só os hipócritas conseguem se tornar amigos dos EXs”. Creio que o que ele quis dizer é que existe um grau de pendência de uma (ou de ambas) as partes.<br />“Amores” marcam não pelo tempo de duração, mas pela afinidade, pelo grau de intensidade, pela capacidade que o outro tem de revirar a nossa vida. Casos, namoros, casamentos, rolos, ficadas e todas os outros níveis de acasalamento humano deixam marcas para alguém da relação ou para ambos quando o outro ainda parece ter um eco de você. É como se algo ainda tivesse ficado no ar, como um furacão que passa, avassala, arrebenta tudo sem pedir licença para começar nem terminar.</strong>Caio Diashttp://www.blogger.com/profile/15931313522955453362noreply@blogger.com15